25.6.07
Pontes
No filme eles saltam mesmo. Nós vemo-los saltar. Transeuntes que passam. Param. Voltam a trás. Param. Olham. Transpõem a barreira de ferro. Saltam. E a câmara está algures cá em baixo, esteve um ano inteiro à espera deles sem que o soubessem. O espaço é público. O acto é público, exibe-se perante a multidão que passa. A câmara continuou a filmar. Aquela pessoa deixou de existir. E o acto pelo qual aquela pessoa deixou de existir deixou uma marca inteligível na película, é capturado agora pelo nosso olhar que se sente excessivo, que continua a existir.
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1 comentário:
O filme é mesmo muito mau. Alguém apelidou e bem o realizador de abutre.
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