16.11.07

Che Nunes ou Foi a este senhor que a Fernanda Câncio roubou o título dos seus "sermões" semanais

A aproximação de eleições cria em qualquer organização social uma certa instabilidade nos seus dirigentes, tornam-se disfóricos, tentam por breves momentos mascarar-se de combativos heróis, menino guerreiro, d sebastião, e outros homens anunciados e detentores da moral e dos bons costumes. Todos prontos para nos defender da imoralidade (da lei que o país votou).
Assim, criam-se paradoxos de difícil compreensão...
Parece que a instituição em quem o estado delega o poder de regular a actividade médica pretende continuar (como aliás já faz há anos) a tentar impedir os médicos de cumprir as leis do estado.
hã...
Ou seja
pretende incentivar o não cumprimento da lei, impedir (ameaçando) cidadãos portugueses de cumprir a lei, e ao mesmo tempo manter o monopólio, que a lei lhe atribui, de designar quais os cidadãos que podem, ou não, realizar os actos que a própria ordem não autoriza que se realizem mas que a lei refere que devem ser feitos. (confuso não?)
Na prática a ordem dos médicos pretende ter um código que não pode ser levado à prática porque a lei não o permite. Assim género um código fantasia, escrito nas tábuas sagradas da mente brilhante de alguns, à imagem dos sinistros códigos que os regem. A ordem não quer um código que diga aos médicos o que devem e podem, ou não, fazer. A ordem quer um código que faça os médicos sentirem-se um pouco culpados, assim como que em pecado.
Pode haver quem diga como o colega Pedro Nunes “O limite legal para andar na estrada é 120 quilómetros por hora mas não precisamos de mudar os veículos para saber que temos de cumprir a lei”.» Ou seja, há quem diga -É um código assim só para se dizer que se tem... Não é bem um código para cumprir...
Assim sendo parece que a ordem está a abdicar dos poderes atribuidos pelo estado para regular o exercício da profissão, e talvez comece a ser tempo do estado pensar se não devia entregar o monopólio desta actividade a outra instituição mais responsável.

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