12.1.08

passive smoking- mitos e realidade

"Se é consensual que o tabagismo passivo mata e incapacita, numa escala preocupante, como se compreende que a legislação continue a admitir a exposição involuntária ao fumo de trabalhadores e clientes?"
Pois é meus caros, quando se repete muitas vezes uma fantasia ela parece tomar parte na realidade... Na realidade o que é consensual é exactamente o contrário - o tabagismo passivo não mata ou incapacita numa escala preocupante.

" Evidence from numerous case control and cohort studies shows modest excess disease associations for cardiopulmonary diseases and lung cancer. Because most of this excess risk appear to be below 50%, it is virtually impossible for any of the studies to be considered defenitive."
in Harrisson´s - principles of internal medicine 16th (e última) edition. Ou seja na bíblia da medicina interna contemporânea.

Nota: Menos de 50% de aumento de risco em doenças tão raras como o cancro do pulmão é um aumento de risco global tão pequeno (porque o risco global é tão baixo) que me parece que será impossível provar que existe verdadeiramente. No fundo o que isto quer dizer é que o que parece estar demonstrado é que não existe um aumento de risco significativo associado ao "fumo passivo", independentemente da quantidade e frequência. Diga-se em abono da verdade que nós médicos estamos habituados a medicar com terapêuticas que aumentam o risco global de doenças fatais raras diversas vezes (quase todas as terapêuticas farmacológicas, desde a aspirina à terapia hormonal de substituição).

2 comentários:

Siona disse...

Mesmo assim, o fumo não deixa de incomodar até quem também fuma. Estou em pulgas para voltar ao Purex sem ter de sair cada 10 minutos para não desmaiar... ;)))

Anónimo disse...

penso que o purex é fumadores Siona...
felizmente!!
Não ponho em causa a legitimidade de uma lei, estou simplesmente à espera que me apresentem argumentos racionais e convincentes- é que não os vi.
Beijos
Lobotomias