e penso na ordem e higiene de lugares e pessoas. lugares e pessoas públicos, esferas de acção do Estado e seus vigilantes.
John Stuart Mill formulou um princípio a partir do qual seria possível evitar derivas autoritárias do Estado, protegendo-nos simultaneamente uns dos outros (nunca de nós próprios). O princípio da liberdade afirma então que, tratando-se da acção de um adulto na maturidade das suas faculdades, o Estado só lhe pode impor constrangimentos a partir do momento em que ameaça prejudicar outrem.
sublinho a palavra prejudicar e observo o percurso maligno do fumo que se eleva no ar. é nas significações difusas desta palavra que se joga a nossa liberdade.
alguns parecem querer aqui misturar espaços privados de incómodos e inconveniências
que o simples olhar do outro pode também causar - um simples olhar, uma presença pressentida pelas costas, limpa, asseadinha, sem vícios.
de corpo limpo, asseadinho, sem vícios não consigo pensar.
preciso de outro cigarro
1 comentário:
Também sou uma "pucalhota", como diria o meu sobrinho Vasco! ;-)
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