21.5.07

Os Machados dos outros

Escolheu como pseudónimo Phinéas e como arma um machado para tentar matar um 'árabe' que teve o azar de lhe pedir lume e a sorte de o machado estar mal afiado. Telefonou para a polícia a reivindicar o acto e a dar conta dos seus planos para o futuro - fazer de Lyon 'o território de caça dos lobos de Hitler', mas o incidente só teve direito a uma breve menção num jornal local. Indignado com tamanha injustiça, Phinéas decide profanar um cemitério judeu, compra outro machado e ataca um homem pelas costas à saída de uma mesquita. Esta segunda vítima felizmente também sobrevive - o machado continuava a não ser de boa qualidade. No fim de tudo isto o rapaz acabou por se entregar às autoridades, aguarda actualmente julgamento por tentativa de homicídio e destruição de local de culto e conseguiu sair no Libération (e agora também num blog de língua estranha, provavelmente não ariana).

Já por cá as nossas estrelas neonazis não precisam de recorrer a estes extremos para terem honras de página inteira em jornais nacionais. Assim o demonstrou a grande reportagem no Público sobre a nossa Ritinha que por enquanto parece preferir os sprays aos machados e as paredes às pessoas de quem não gosta. Infelizmente não deixamos de ter Machados com a lâmina bem mais afiada que a dos franceses.

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