Há pérolas de ironia que nem camarada umcorpoestranho conseguiria escrever. Já devem ter reparado neste marmelo, aqui ou aqui, que diz coisas do género:
“Podemos reagir contra tal unilateralidade despótica da mulher(a IVG) por via de uma providência cautelar não especificada.”
Eis para que servem os sacramentos do matrimónio- para pôr providências cautelares ao sagrado órgão das esposas/mães.
A ironia acerca da questão do aborto e do matrimónio atinge assim o seu ponto máximo, certamente inspirado na imagem dos medievais cintos de castidade, denuncia com mestria as sórdidas circunstâncias em que são vividos alguns casamentos em Portugal, a inaptidão de alguns para perceber que as vaginas a elas pertencem, e a incapacidade de alguns de compreenderem que a mulher pode ter vontade própria. Tudo de uma só vez. Situando-se assim bem longe das débeis tentativas ensaiadas por aqui.
António Velez – um nome a reter – um expoente de escárnio e de potência subversiva- desde já convidado a participar neste nascituro blog.
Nota- Se nem isto conseguiu alterar isto- o futuro da blogosfera afigura-se cinzento.
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3 comentários:
http://fishspeaker.blogspot.com/2007/06/agora-s-falta-encontrar-maneira-de-no.html
P.S. A tag "filhos da..." está muito bem empregue!
Correcção: talvez pudéssemos começar a usar "filhos do cab..."
O gajo agora é candidato ao Conselho de Deontologia da Ordem em Évora. Pobres advogados alentejanos!
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