4.6.07

Lições de teologia I

Tenho aqui um excerto de uma história clínica, daquelas de antigamente, da autoria do saudoso mestre Barahona que penso poderá talvez trazer uma outra Luz a esta discussão acerca da D Constantina.
É um dialogo entre duas noviças (uma delas brasileira):
"Estavam todas ouvindo uma prelecção, com projecções acerca da vida de uma Santa. Tratava-se do êxtase místico. Estava perto da brasileira e perguntou-lhe:« a irmã já teve êxtases?». «Não mas gostaria de ter» retorquiu-lhe a outra. « Eu também» foi o seu único comentário."

Oh velhos tempos em que as histórias clínicas tinham toda esta sexualidade emergente, e havia histéricas a sério e tudo- não eram como as de hoje-em-dia... (pelo menos é o que dizem)

5 comentários:

WomenageATrois disse...

A propósito de êstases místicos, hei-de ver se te arranjo uns textos muito curiosos sobre a Santa Teresa e os momentos em q lhe davam "essas coisas".

shyz

WomenageATrois disse...

êxtases, claro

lobotomias disse...

espero ansiosamente

ASM disse...

Pois o "saudoso mestre Barahona"...Fernandes, o que no Miguel Bombarda torturava os "anormais" com o virus da malária, a electroconvulsioterapia, vulgo choques elétricos, o choque por insulina, a lobotomia e outros requintes. E a propósito de êxtases, como dizia Artaud, todo o psiquiatra é um erotómano.

lobotomias disse...

caro asm
Porque é saudoso o mestre Barahona?-tem toda a razão em perguntar.
A resposta seguirá, com demora é certo, visto que o ritmo da vida não nos permite ter todas as justificações na ponta da lingua (mas penso que se conhecesse a psiquiatria actual em Portugal perceberia porque cria saudades alguém como o Barahona- mas vou tentar ter tempo para explicar isto de forma clara).
Quanto ao belo Artaud, sem querer pôr em causa autoridade dos anjos negros, ou sequer a abrangência da sua frase,sem querer comparar o que queria dizer psiquiatria há 50 anos e o que quer dizer agora, e sem me sequer comprometer na resposta, gostava apenas de dizer que os todo e os nunca morreram felizmente entre os anos 60 e os 90, e , pelo menos eu não tenho desejo de ressuscitá-los.