Ainda na sequência do exercício de controlo do self através da projecção, este
post fez-me pensar que, se por um lado materializamos nos outros aquilo que nos mete medo, também materializamos as pulsões de desejo. Medo e desejo são o sumo (ou o sangue) das relações de poder.
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Se este gráfico reflectirá bastante a história dos Estados Unidos e do mundo, também reflecte a temporalidade dos veículos desejo/medo, poder/controlo. Nenhum destes fenómenos é assim, como podemos ver, fechado no eu (como nós, os psis, tendemos a fazer), existindo, sim, pelo contrário no diálogo das forças sociais que constróem a história.
Mas trago este gráfico apenas para vos mostrar este:
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O poder de dar a escolher; alterar a forma da pergunta altera inteiramente a resposta. A forma da pergunta cria a resposta. O discurso criado pelos média, que nos oferece, é certo, a possibilidade de escolhermos, tem dentro de si esta capacidade de construir o que desejamos.
Para que não tenhamos a ilusão de que somos, ou alguma vez poderemos ser, livres.
1 comentário:
vejo persistente, sólido e de forma consistente a sustentar as virtudes da abordagem cultural/social na psiquiatria e não só.
muito bem... gostei.
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