Parece que o tão afamado projecto de lei prevê a proibição de fumar nos Estabelecimentos Prisionais. Não acreditando que os seus autores sejam grandes imbecis, mas apenas pequenos filhos-da-puta, esta será concerteza uma das medidas a ser alvo de negociações. Não deixa de ser de uma perversidade sem nome o simples facto de se pensar em semelhante coisa.
Li algures num jornal uma notícia acerca de um projecto piloto em que alunos problemáticos eram levados a passar um dia num E.P. durante o qual eram tratados como os detidos: destituídos das suas posses, número à vez de nome e por aí fora. Duvido que lhes enfiassem os dedos pelas partes íntimas à procura de substâncias, mas parece que mesmo assim a experiência se tem mostrado promissora no que concerne o propósito pedagógico de desviar os meninos dos caminhos da marginalidade.
Acho que estes nossos digníssimos representantes deviam também ser obrigados a lá passar, não um dia, mas pelo menos um mês. Idependentemente de serem ou não fumadores, acho que se desviariam dos caminhos de filha-putice em que enverdaram.
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2 comentários:
Parece que não...
Exepções à proibição do fumo: «áreas exclusivamente destinadas a pacientes fumadores em hospitais psiquiátricos, serviços, centros de tratamento e reabilitação e unidades de internamento de toxicodependentes e de alcoólicos». Poderão igualmente ser criadas «nos estabelecimentos prisionais, unidades de alojamento, em celas ou camaratas, para reclusos fumadores»
pois é, parece que segundo o Ministério da Justiça "foi tomada em consideração a especificidade do sistema prisional" - não podia ser de outro modo e acho que muitas outras especificidades vão ter de ser consideradas até à aprovação da lei.
neste caso, dada a sobrelotação das prisões e a percentagem de reclus@s que fumam, palpita-me que a lei não mudará grande coisa (a menos que queiram criar uma camarata para @s 7 ou 8 reclus@s não fumadores que existirão em cada E.P. - não me parece, ainda assim, que o fumo passivo seja o maior dos seus problemas...).
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